Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Com acúmulo de dívidas, restaurantes "œpegam empréstimo para pagar empréstimo"

Segundo a Abrasel, ps empresários estão pagando apenas o essencial e os salários dos funcionários

18/05/2021 10:40

Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Restaurantes (ANS), em parceria com o Instituto Foodservice Brasil (IFB) mostrou um alto nível de endividamento de bares e restaurantes durante a pandemia da Covid-19: 71%. Desse total, 79% devem para bancos, 54% estão com impostos em atraso e 37% têm débitos com fornecedores. 


Leia também: Prefeitura suspende corte de água em Teresina para usuários inadimplentes 

Outro dado alarmante divulgado pela pesquisa para o setor é a quantidade de bares, restaurantes e similares que afirmaram não ter mais recursos para funcionar em casos de novas restrições ou lockdown: 66% afirmam que o capital de giro não dura mais de 30 dias. A pesquisa também apontou que desde o início da pandemia 64% promoveram demissões. Na média, 21% dos colaboradores foram desligados.

(Foto: Divulgação)

No Piauí, essa realidade não é diferente. Os empresários piauienses acumulam dívidas e amargam a crise causada pelo novo coronavírus. Em março de 2021, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Piauí (Abrasel-PI) chegou a informar que 44,2% dos estabelecimentos só conseguiriam manter seus negócios por mais um mês.

Após dois meses, muitos empresários estão recorrendo a empréstimos para quitar dívidas e pagar funcionários. “Praticamente todos [os empresários] estão endividados porque precisaram pegar algum tipo de empréstimo ano passado, as carências já venceram e agora estão começando a pagar. E muitos tiveram que pegar empréstimo para pagar empréstimo”, explica Natália Macário, diretora executiva da Abrasel-PI.

De acordo com Macário, os decretos publicados pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Teresina com medidas restritivas para o funcionamento das atividades econômicas do Estado e do município, causaram impactos negativos para os estabelecimentos. 

“Todos os decretos que foram colocados, desde março/2021, agravaram ainda mais. Essa semana tivemos uma liberação maior de funcionamento e é o que as pessoas vão começar a recuperar esse prejuízo, e também com a prorrogação do Programa Emergencial  de Manutenção do Emprego e da Renda. Se não fosse usado esse programa novamente, muitas demissões e muitos salários não teriam sido pagos, porque em abril muita gente não conseguiu pagar o salário de seus funcionários. A situação é essa, pagar somente o que é essencial nos restaurantes e evitar gastos para poder passar por essa pandemia sem fazer mais dívidas ainda”, disse.

Mais sobre: